sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dicas do Professor Mario Mangabeira - Revista Nova Escola


O Professor Mario Mangabeira, que é professor de da 9ª CRE e 
desenvolve várias atividades, entre elas:
  • Professor de Língua Portuguesa e Inglês na SME-RJ, lotado nas Unidades E.M 09.18.085 Prof.Helton A. V. de Castro e E.M 09.18.007,Presidente Antonio Carlos;
  • Dá aulas no curso CCAA;
  • É Educopedista da família de Inglês;
  • Especialista em Língua Portuguesa;
  • Prof. do Programa Rio Criança Global;
  • Prof. do Projeto Realfabetização 2B do IAS- Instituto Ayrton Senna;
  • Embaixador da Educopédia...    Ufa!!!

Deixou hoje algumas dicas da Revista Nova Escola, vamos ver?

1ª. Dica Como ensinar o uso de marcadores temporais na produção de textos.

Ajude os alunos a identificar e compreender a ordem dos acontecimentos em uma história e produzir textos com indicações de passado, presente e futuro


"Ontem, eu era pequenina, diz Marina. Ontem, nós éramos crianças, diz Mariana." Os versos fazem parte da poesia As Duas Velhinhas, de Cecília Meireles (1901-1964) (Ou Isto ou Aquilo, 96 págs., Ed. Nova Fronteira, tel.  21/3882-8200, edição esgotada). Nela, as amigas Marina e Mariana conversam sentadas na varanda de uma casa e, enquanto comentam sobre como a tarde é linda, relembram o passado.

Para quem já domina a língua, pode parecer simples situar os acontecimentos no tempo, como fazem as protagonistas do texto acima citando o "ontem" e utilizando o tempo verbal no passado. Mas trata-se de uma competência a ser adquirida e aprimorada nos primeiros anos do Ensino Fundamental.

Pensando na importância desse conteúdo, Rosiane Ribeiro Justino e Gabriela Maia Fischer, professoras de 2º e 3º anos na EM Prefeito Wittich Freitag, em Joinville, a 177 quilômetros de Florianópolis, propuseram a análise dos termos que remetem ao passado utilizados em diversos contos de fada. Depois, a turma escreveu sua própria versão de Branca de Neve. O passo a passo dessa atividade você conhece no quadro à esquerda. Outro trabalho sobre o tema, realizado pelos estudantes do 5º ano da EMEF Professor Rosalvito Cobra, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, está descrito no quadro das páginas seguintes. A turma aprendeu com a professora Daniella Crocce a organizar informações sobre o Egito antigo. O produto final foi a elaboração de uma minienciclopédia.

Nos dois casos, textos de diferentes gêneros - informativos e literários - foram usados para estudar o assunto e renderam experiências interessantes. Jaime Baratz, docente da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), sugere que nas séries iniciais o trabalho envolva o uso de advérbios como "hoje", "amanhã" e "ontem". Mais adiante, no 4º e no 5º ano, é esperado que os alunos já tenham domínio dessas expressões e possam usar outras mais elaboradas, que indiquem sucessão, duração e simultaneidade, como "depois disso", "durante" e "enquanto isso".

Os termos citados por Baratz são alguns dos chamados marcadores temporais, palavras de diversas classes e funções sintáticas, como as descritas a seguir.

- Advérbios "Ontem", "hoje", "amanhã", "já", "agora", "logo", "cedo", "tarde", "outrora", "breve", "nunca", "sempre", "jamais".

- Locuções adverbiais Duas ou mais palavras com valor de advérbio, como "às vezes", "em breve", "à noite", "à tarde", "de manhã", "de quando em quando".

- Conjunções Aquelas que dão a ideia de progressão na história que está sendo contada, como "enquanto isso", "depois disso", "logo que", "assim que".

- Preposições "Durante", "após" etc.

Ao lado das datas e dos tempos verbais, eles dão pistas sobre quando aconteceram os eventos relatados na composição. Na sala de aula, a análise dessas expressões costuma erroneamente ficar restrita aos momentos de revisão da escrita da criança, quando o texto está sendo finalizado. Porém, quando essa atividade faz parte de etapas anteriores - do planejamento, dos momentos de reescrita e de escrita de autoria, e ainda é objeto de reflexão durante a leitura de produções de outros autores -, os textos ficam mais coesos e recheados de termos apropriados para transmitir informações sobre o tempo das coisas. "Abordar o tema dos marcadores temporais em diferentes etapas do trabalho ajuda a organizar o discurso e colabora para o aperfeiçoamento da escrita, evitando que ocorra uma série de equívocos", explica Ana Flávia Alonço, assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. "Muitas fábulas, por exemplo, se passam no decorrer de um dia. Já os contos de fadas, em geral, requerem uma duração maior e contam com termos como 'era uma vez' e 'há muito, muito tempo'", exemplifica Claudia Tondato, professora da EMEF Professor Rosalvito Cobra, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
  • 2ª.Dica  Usando resultados numéricos conhecidos para resolver outros cálculos

    Nessa proposta de atividade permanente você vai ver como aumentar o repertório de cálculos mentais conhecidos da turma.
    Objetivos
    - Compreender que os resultados de determinadas contas servem para chegar aos resultados de outras contas parecidas.
    - Concluir que contas envolvendo números grandes podem ter o mesmo grau de dificuldade que outras parecidas, com números pequenos.

    Ano
    2º ano.
    Flexibilização Para alunos com deficiência intelectual Eles podem chegar à compreensão desta relação matemática através do uso de Material Dourado. O professor deve levá-los a observar e explorar a relação entre uma unidade e uma dezena, ou um “cubo” e uma “barra”(como também podem ser denominados). Este material é demonstrativo, vai além do registro gráfico dos números o que possibilita maior compreensão e assimilação.

    Desenvolvimento
    Resolva na lousa, com o auxílio dos alunos, adições de números iguais e de um algarismo com o objetivo de levá-los, a seguir, a estender esse conhecimento para adições de números iguais e mais de um algarismo (20 + 20 ou 30 + 30, por exemplo):
    Usando resultados numéricos conhecidos para resolver outros cálculos
    Ajude-os a estabelecer relações entre certos cálculos a partir das características do nosso sistema numérico. Questione, por exemplo, se para fazer contas como 20 + 20 ou 30 + 30 podemos usar 2 + 2 ou 3 + 3, contas de resultados já conhecidos. Partam, então, para adições de números iguais e de dois algarismos, tentando estabelecer relações com os resultados das contas com números iguais e um algarismo. Leve-os, dessa maneira, a concluir que:

    Usando resultados numéricos conhecidos para resolver outros cálculos
    Questione-os sobre quais outras contas parecidas seria possível escrever: será que as contas 1 + 1 e 10 + 10 ajudam a solucionar a conta 100 + 100? E que as contas 2 + 2 e 20 + 20 ajudam a resolver a conta 200 + 200? Reflitam sobre o assunto e concluam realizando mais exemplos de adições com números iguais e de três algarismos para checar as hipóteses levantadas.

    Avaliação
    Solicite aos alunos que registrem as conclusões no caderno e analise se eles compreenderam que podem usar os resultados de certas contas para resolver outras. Verifique se a turma avançou em relação aos procedimentos utilizados nas atividades e observe ainda a participação nas discussões.




    Ana Ligia Scachetti (novaescola@atleitor.com.br)

    A viagem pelas brincadeiras brasileiras começa em São Paulo. Nos arredores da maior cidade do Brasil, se encontra uma vastidão delas. Muitas também são comuns em outras regiões. Natural, já que São Paulo é terra de mineiros, gaúchos, baianos, japoneses e tantos outros migrantes e imigrantes.

    A menos de 30 quilômetros da metrópole, em Carapicuíba, ao lado de uma construção jesuítica, está a Associação da Aldeia de Carapicuíba (OCA). Dezenas de brincadeiras sobrevivem por lá nas mãos e nos olhares concentrados das crianças que frequentam a ONG e que têm períodos livres para brincar. Três delas são apresentadas nesta página e nas seguintes. "Cada geração nos traz alguns jogos", conta Lucilene Silva, coordenadora da OCA.

    Na aldeia indígena Krukutu, em São Paulo, as gerações passaram, mas a tradição permaneceu. Lá estão representantes dos primeiros nativos do Brasil. Eles vivem a cultura de seus ancestrais, se comunicam em guarani e brincam com a peteca feita de palha de milho. São prova viva de que o brincar é mutante, mas também pode sobreviver às pressões do progresso.

    Eu vi as três meninas
    Eu vi as três meninas. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
    Como brincar Formar uma roda maior por fora e uma outra pequena, com três crianças, dentro da grande. Todos giram, cada grupo para um lado, enquanto cantam as duas primeiras estrofes da música. Quando chegam em "tindolelê", as que estão no centro se viram e dançam uma espécie de frevo em frente a três amigos que estão na roda maior. Ao terminar, trocam de lugar.
    Peteca
    Peteca. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
    Como brincar Formar uma roda com pelo menos três integrantes. Quem vai começar segura a peteca com uma mão e bate nela de baixo para cima com a outra, lançando-a para um dos outros. Ao receber o brinquedo, essa criança o rebate, passando adiante. Quando alguém deixa a peteca cair, sai da brincadeira. Também é possível brincar sozinho, jogando a peteca para cima o máximo que conseguir.

    Variações Há diversos outros tipos de peteca, entre elas aquela utilizada no jogo de badminton, que integra a Olimpíada. 





    Peteca. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
    Receita da peteca

    Ingrediente Palha de uma espiga de milho.

    Modo de fazer Retire a palha da espiga, evitando rasgá-la. Dobre a primeira folha, enrolando-a até formar um quadrado de mais ou menos 4 centímetros de lado. Esta será a base da peteca, que deve ser envolvida com as demais. Repita esse embrulho até chegar ao tamanho desejado. Deixe as extremidades soltas para cima, formando as "penas" da peteca. Por fim, tire um pedaço mais fino da palha que sobrou, formando uma tira. Com ela, amarre o brinquedo, unindo a parte das folhas que estão soltas. Agora é só jogar!

    Histórico Na aldeia Krukutu, quem ensina as crianças a fazer a peteca (mangá, em guarani) é Maria Paulina, 47 anos. Ela veio a pé do Paraná com os pais na época da fundação da aldeia e trouxe de lá essa tradição indígena.




    Dom Frederico
    Dom Frederico. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
    Como brincar Olhos nos olhos, respira fundo e vai... Começa-se batendo as palmas e fazendo os gestos devagar. Com cuidado, todos vão aumentando a velocidade para não errar. Duas ou quatro pessoas brincam juntas e várias duplas podem ficar lado a lado para aumentar a disputa de quem faz os gestos melhor e mais rápido.

    Variações Há inúmeras brincadeiras feitas com as mãos, cada uma com músicas e movimentos específicos, como adoleta e babalu, encontradas em várias partes do Brasil.

    Histórico Essa versão de dom frederico foi levada à ONG de Carapicuíba por Jaqueline Alves da Silva, 18 anos. Ela aprendeu com uma prima quando ainda era criança.

    Dom Frederico. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha

    Laranjas maduras
    Laranjas maduras. Foto Danny Yin. Ilustrações Anna Cunha
    Como brincar Em roda, o grupo gira enquanto canta. A cada volta, fala-se o nome de uma criança (substituindo Joãozinho), que deve se virar de costas para o centro do círculo, permanecendo de mãos dadas com os amigos. Depois que todos estiverem nessa posição, cantam "desvira todo mundo, esquerda janela". "A hora de virar é a mais legal", avisa Gislaine Gomes dos Santos, 9 anos, que aprendeu a brincadeira com Lucilene, da OCA.

    Agradecimentos Oca e Aldeia Krukutu






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